domingo, 30 de maio de 2010

DE ONDE VÊM OS AROMAS DO VINHO.


"O aroma pode ser o atrativo ou o repulsivo de um vinho. O bom vinho é, em princípio, aquele que possui um odor agradável, que cheiramos com prazer. Os grandes vinhos são aqueles que se caracterizam pela intensidade, complexidade e pela delicadeza de seu odor, bem como pela sua originalidade. Esse conjunto constitui a personalidade do aroma, comparável aos perfumes raros e sutis."

Com essa definição, o professor Emile Peynaud - a maior referência em enologia em nosso tempo - começa a nos dar algumas dicas de como é importante e qualitativo a presença de aromas no vinho.

A capacidade de percepção dos aromas varia de pessoa para pessoa em função de fatores genéticos e do treino voluntário.

FORMAÇÃO DOS AROMAS NAS UVAS
Diferente de outras frutas, as uvas são pouco aromáticas com exceção de algumas poucas, como por exemplo a moscatel, gewurztraminer e cabernet sauvignon. As substância aromáticas das uvas estão situadas majoritariamente nas células das cascas e em menor quantidade na polpa.

DESENVOLVIMENTO DOS AROMAS NOS VINHOS
Apesar da pouca expressão aromática das uvas, o vinho é, dentre os subprodutos da natureza, aquele que apresenta a maior concentração de diversas substâncias químicas responsáveis pelo aroma.
Os aromas de um vinho também podem ser classificados em: primários, secundários e terciários. Os primários são os provenientes das variedades de uva com as quais o vinho foi feito, (Cabernet Sauvignon ou Chardonnay, por exemplo). Os secundários são os aromas que a bebida adquiriu em elaboração (fermentação e amadurecimento em barris de carvalho, por exemplo). Os terciários são os perfumes que o líquido ganhou ao longo de seu envelhecimento em garrafa. A palavra bouquet se refere apenas a aromas terciários, ou seja, este termo se aplica somente a exemplares envelhecidos.

sábado, 29 de maio de 2010

COMO ORGANIZAR UMA DEGUSTAÇÃO.


Uma degustação de vinhos entre amigos sempre é uma atividade prazerosa. A descoberta de novos rótulos, a descoberta de nossas preferências, enfim, um universo para ser explorado.

De uma maneira prática, devemos preparar nosso encontro prestando atenção em alguns itens:

TAÇAS - podemos usar nossas taças de vinho que temos em casa ou para os que desejam já iniciar com as taças de degustação padrão ISO levam vantagem no aspecto comparativo entre os participantes.

VINHOS - de 1 a 6 garrafas, dependendo do número de participantes, da intenção do encontro!! e principalmente o tema da degustação: conhecer vinhos de uma determinada região (bordeux, borgonha, piemonte, ribeira del duero, serra gaúcha...), conhecer a tipicidade de uma uva (pinot noir, cabernet sauvignon, merlot...) ou de um corte (vinho composto da mistura de 2 ou mais uvas). Se desejar, tome nota dos vinhos degustados caso queira indicar a outro amigo ou até comprar uma outra garrafa.

COMIDA - a harmonização comida-vinho é um jogo muito divertido de sensações e sabores. Existe uma técnica baseada na escola italiana de sommelerie que ensinamos nos cursos ministrados na enoteca San Tao, mas para facilitar o início, podemos utilizar uma dica mais simples procurando combinar os vinhos de uma determinada região com seus pratos típicos.

o importante é a diversão entre os amigos e apreciar bons vinhos!

boa degustação e saúde!

terça-feira, 25 de maio de 2010

UMA DICA INUSITADA !!!


Para aqueles que apreciam espumantes, cavas, champagnes...

Estamos habituados a beber nossas espumantes nas taças chamadas flutes, principalmente pela capacidade que essas têm de manter as bolhinhas de CO2 (perlage) por mais tempo.


Mas para aqueles que apreciam os perfumes desta bebida façam um teste com uma taça de vinho maior. Essa taça permite que os aromas se concentrem mais no seu interior e com isso se tornem mais permanentes.


Façam o teste e tin-tin !!!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

RISTORANTE AL CASTELLO


Um dos primeiros lugares no qual fomos apresentados a magnífica culinária italiana foi na fortaleza de Grinzane, antiga morada de Camillo Benso, Conde de Cavour e onde localiza-se a Enoteca Regional Piemontesa e o RISTORANTE AL CASTELLO do Chef Alessandro Boglione.

A viagem percorre as colinas de algumas das principais localidades viníferas do mundo, no coração do Langhe.
Após atravessar algumas minúsculas cidades e suas estreitas ruelas, chegamos ao nosso destino, uma construção que data do século 13.

Realmente deslumbrante!! Um castelo! uma fortaleza! ou como possamos chamar, envolta por uma névoa característica da região e um frio que nos preparava para o banquete que se seguiria. Não poderíamos esperar uma forma melhor para começarmos a conhecer a culinária regional. A cozinha piemontesa é rica em sabores e histórias. E lá estávamos nós, no coração do Piemonte.

Após um passeio ao redor da construção, avistamos uma enorme janela que nos foi apresentada pelo nosso cicerone como o local preparado para o nosso almoço e reservado apenas para convidados especiais. O que poderíamos querer mais... nosso almoço de domingo de páscoa, na Itália, com nossas esposas, sendo tratados como reis e rainhas. E isso era só o primeiro dia de nossa viagem.


Assim como impressiona por fora, o castelo é muito lindo no seu interior. Logo fomos para a nossa sala reservada onde já nos esperava o chef Alessandro. Após uma pequena apresentação, a informalidade, graças a uma calorosa acolhida por parte de nossos anfitriões, tomou conta do nosso almoço.

Como não seria diferente na Itália, para cada um dos pratos, um vinho na sua melhor expressão.

iniciamos com

APERITIVO CON STUZZICHINI e logo a seguir

PICCOLO FRITTO DI BACCALÁ E PRUGNE SECCHE

PETTO D'ANATRA AFFUMICATO CON INSALATA MISTICANZA E CILIEGE SCOTTATE

ASPARGI CON CREMA DI RASCHERA E ROSSO D'UOVO FONDENTE

RAVIOLI DI SEIRASS E FUNGHI PRIMAVERILI

CAPRETTO AL FORNO CON PATATE E BARBA DEI FRATI

BAVARESE ALLA COLOMBA "CONVERSO" CON CREMA DI MANDORLE E SORBETTO ALL'ARANCIA