Uma Instrução Normativa da Receita Federal publicada ontem no Diário Oficial da União prorrogou para 1º de janeiro de 2011 a implantação do Selo de Controle Fiscal para os produtores nacionais e importadores de vinho. Antes da mudança, a data limite para que a bebida pudesse sair das vinícolas, engarrafadoras e importadoras sem o selo era 31 de outubro.A medida atende a um pedido das principais entidades representativas do setor vitivinícola brasileiro.
“Pedimos a ampliação do prazo porque a Receita estava com dificuldades de entrega do selo e porque as empresas teriam de mexer em seus estoques de vinhos para o final do ano, abrindo caixas e mais caixas para o selamento. Assim, não atrapalhamos o período de maior comercialização de vinho e espumante no país, que é o final do ano, e começamos vida nova a partir de 2011″, explica Júlio Fante, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
O selo fiscal para vinhos e derivados foi instituído pela Receita por meio de Instrução Normativa publicada em 16 de abril. Inicialmente, o registro especial para obtenção do selo deveria ser solicitado até 31 de agosto. Agora, o prazo foi estendido até o último dia útil de outubro (30). Os selos a serem utilizados nos vinhos importados serão da cor vermelha combinada com marrom; os dos vinhos brasileiros, verdes com marrom.
Também mudou, de 1º de julho de 2011 para 1º de janeiro de 2012, o prazo para atacadistas e varejistas comercializarem vinhos com o selo.
“O objetivo do selo é aumentar o controle no comércio de vinhos, beneficiando quem trabalha dentro das obrigações legais e de mercado”, diz o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani.

FONTE: Mauricio Roloff





A didática de Roberto Rabachino, experiente professor universitário, chamou a atenção dos participantes. Mesmo que sua apresentação seja proferida em italiano (o que traz um charme as aulas), ele se faz compreender como todo grande mestre. Mas sempre acompanhado das traduções simultâneas por parte do instrutor técnico e enólogo Jefferson Sancineto Nunes, podemos dizer que tivemos dois grandes professores.
Iniciamos com vinhos brancos – sauvignon blanc, gewurztraminer, podemos comparar 3 chardonnays com características distintas – vinhos rosés e por fim os vinhos tintos. Aqui foi apresentado a realidade do vinho nacional, vinhos de qualidade e excelente estrutura capazes de responder por si ao antigo preconceito de que vinho brasileiro não é bom. Rabachino, um reconhecido divulgador da qualidade do vinho brasileiro pelo mundo, foi o primeiro a reconhecer a merlot como a grande cepa nacional, isso já fazem 5 anos.
Um abraço a todos e ate um próximo curso. 





Não há referências ou registros, tanto na literatura como em compêndios de enologia, a respeito dos aromas e sabores do vinho produzido na região, nos seus primórdios. O padrão do Chianti moderno foi ditado pelo Baron Bettino Ricasoli di Castel Brolio ( Barão de Ferro ) em 1860, tendo como referência o vinho francês da época. O corte estabelecido na ocasião e que era usado, até recentemente, incluía 70 % da casta Sangiovese ( tinta nativa, que tem seu nome originado de sanguis jovis), que dava o caráter, corpo e cor; 20 % da tinta Canaiolo, que contribuía com a maciez e 10 % das uvas brancas Trebbiano e Malvasia, que conferiam leveza e frescor ao vinho. Hoje, até 10 % de outras variedades são permitidas, incluindo-se entre essas, até mesmo a Cabernet Sauvignon ( no máximo de 5 %)
A imagem do Chianti foi deturpada ao longo do tempo, em razão da desmedida popularidade alcançada pelo vinho, o que levou a uma ampliação da produção, redundando em queda do padrão de qualidade e conseqüente declínio de credibilidade e vendas. Nas primeiras décadas do século passado, a quase totalidade do vinho vendido na célebre garrafa Fiasco( a garrafa bojuda com a base envolta em palha ), não era da região de Chianti. Os produtores do verdadeiro Chianti reuniram-se e em 1924 criariam o Consorzio Chianti Clássico, que passou a utilizar como símbolo um selo com o Gallo Nero. Posteriormente foram definidas por lei, sete zonas para produção do Chianti, todas na região da Toscana. São elas ; Chianti Clássico, Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colli Senesi, Colli Pisane, Montalbano e Rufini. Os vinhos Chianti produzidos na região podem ser classificados em dois tipos : Normale e Riseva. O Chianti Normale é comercializado a partir do primeiro dia de outubro seguinte a colheita, permanecendo somente entre quatro e seis meses no carvalho. Já o Chianti Riserva, é um vinho rico em estrutura e capaz de enfrentar um longo período de amadurecimento. Somente pode ser definido como tal, ao alcançar uma graduação alcoólica maior que 12,5 C e depois de haver envelhecido vinte e sete meses em barricas de carvalho e, pelo menos, três anos em garrafas. Muito embora os Chianti, hoje, sejam regidos pela atuante legislação vinícola italiana, mister se faz ressaltar, que as leis determinam um mínimo de padrão , mas não podem garantir, em absoluto, a qualidade. Dependendo da área em que é originado, do produtor, solo e clima, o Chianti pode ser fino e insípido ou elegante e rico, leve e delicado ou estruturado e poderoso.Ou como diria Borges, algo sem mistério como a felicidade, por que se justifica por si só. 
