segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

EM 2010 A ITÁLIA FOI O MAIOR EXPORTADOR DE ESPUMANTES DO MUNDO.


Mais de 200 milhões de garrafas exportadas para 78 paises contabilizando um total de 2,90 bilhões de euros. Com isso a Itália torna-se o país primeiro colocado em exportação de espumantes com Asti e Prosecco como bandeiras tricolores. Curiosamente o mercado interno permaneceu estacionado ou até apresentando reduções em seus números – queda de 1,4% no volume consumido. Estes dados foram registrados pelo Osservatorio Econômico Vini Effervescenti que estima um consumo para 2010 de 376 milhões de garrafas de espumantes das quais 226 milhões são para exportação.
“A Itália possui uma riqueza de tipologia e terroir que nenhum outro pais possui.” comenta Giampietro Cornolli, fundador do Osservatorio – e os dados do mercado demonstram que há espaço para um crescimento ainda maior.
Asti e Prosecco, ai compreendido a DOCG Valdobbiadene Conegliano com cerca de 19 milhões de garrafas, representam a força de comércio e compreendem 67% do total exportado.

domingo, 26 de dezembro de 2010

IBRAVIN REALIZA CAMPANHA SOBRE OS BENEFÍCIOS DO VINHO PARA A SAÚDE


Material presentes em 70 supermercados gaúchos e veiculado na internet mostra que o consumo moderado de vinhos faz bem para as pessoas.

Quem consome vinho tem muito mais razão em gritar “saúde!”. É isto que a campanha de final de ano do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) procura informar com uma ação de marketing direcionada aos pontos de venda da Bebida de Baco no Rio Grande do Sul, principal estado produtor no Brasil e o segundo em consumo.

A campanha “Saúde, em 2011, viva melhor, beba vinhos, espumantes e suco de uva do Brasil”, desenvolvida pela agência Escala, estará presente em 70 supermercados das seis principais redes varejistas instaladas em 25 municípios do RS.
Segundo o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini, nos últimos dias a mídia deu um destaque ainda maior para os conhecidos benefícios do vinho para a saúde. “Surgiram novidades apontadas por pesquisadores brasileiros, como o potencial do vinho no combate a diabetes, hipertensão e excesso de colesterol”, aponta. “Nossa intenção é estimular o consumo de vinhos e espumantes do Brasil como um hábito saudável, sempre com moderação”, destaca.

A campanha utilizada para ambientar os pontos de venda com mensagem de vinho e saúde utiliza cartazes, take one (material volante que amplia as informações sobre os benefícios da saúde para as pessoas) e tags (colocadas nas garrafas de vinhos e espumantes brasileiros). Pela internet, o Ibravin disparou e-mail marketing demonstrando a importância do consumo de vinhos e espumantes para uma vida melhor. Todo o material está disponível para as vinícolas interessadas.

Os supermercados que receberam a ambientação do Ibravin são:

Carrefour, Zaffari, Big/Nacional, Apolo, Peruzzo e Asun.

Saiba mais - Conforme o programa Globo Repórter dedicado exclusivamente ao assunto, na última sexta-feira (17), o vinho pode evitar a morte de células cerebrais, o resveratrol presentes na casca da uva auxilia no combate ao câncer associado à quimioterapia e o vinho diminui o risco de doenças do coração. Além disso, pesquisadores aconselham as pessoas a tomarem uma taça de vinho por dia nas refeições como forma de prevenirem diversas doenças. O suco de uva, segundo pesquisas recentes, também previne enfermidades e aumenta a expectativa de vida.


REDES PARTICIPANTES DO PROJETO DE PDV DO IBRAVIN
ZAFFARI: 13 lojas em Passo Fundo, Cruz Alta, Carazinho, Porto Alegre, Ijuí, Lagoa Vermelha, Santa Cruz do Sul e Marau.
BIG/NACIONAL: 12 lojas em Porto Alegre, Bento Gonçalves, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha.
PERUZZO: 18 lojas em Bagé, Candiota, Pelotas, Caçapava, Canguçu, Dom Pedrito Santa Maria e Alegrete.
APOLO: 8 lojas em Bento Gonçalves e Garibaldi.
CARREFOUR: 8 lojas em Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo Santa Maria e Caxias do Sul.
ASUN: 11 lojas na Grande Porto Alegre e em Estância Velha.


FONTE: IBRAVIN
ASSESSORIA DE IMPRENSA
OAJ Comunicação & Marketing

domingo, 12 de dezembro de 2010

CONGRESSO REGULARIZA SITUAÇÃO DOS SOMMELIERS BRASILEIROS.

Nesta semana a brigada que trabalha a favor do vinho no Brasil recebeu uma boa notícia do Congresso. Foi aprovada na quarta-feira o projeto de lei 4495/08 que regulamenta a atividade de sommelier. Assim, poderão se reclamar o título os profissionais habilitados por instituições oficiais ou privadas reconhecidas pelo MEC ou que já exerçam esse papel há mais de três anos.
Encaminhada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a proposta (que tramitava em conjunto com outra de Onyx Lorenzoni, do DEM-RS) reconhece que formam uma categoria profissional aqueles que executam serviço especializado de vinhos em empresas de eventos gastronômicos, hotelaria, restaurantes, supermercados, enotecas e nos serviços de bordo de companhias aéreas e marítimas.
Por ter sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo, o projeto não precisará ser votado pelo Plenário. Segundo o texto, são atividades específicas do sommelier a participação no planejamento e na organização do serviço de vinhos, a gestão do aprovisionamento e da armazenagem dos rótulos, e o atendimento e a resolução de reclamações de clientes. Além disso, os profissionais reconhecidos podem ministrar cursos para formar novos colegas de área.


FONTE: www.fsi-brasil.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

MATURAÇÃO DOS VINHOS MADEIRA.

Se recuarmos no tempo para tentar encontrar referências à utilização de calor no envelhecimento dos vinhos, chegamos ao tempos dos Romanos, que já na altura se tinha descoberto que os vinhos envelheciam mais rapidamente quando armazenados no calor. Sabiam também que alguns vinhos tinham melhor comportamento que outros quando armazenados a quente, desde que este tipo de tratamento fosse cuidadosamente administrado. Os Romanos mantinham alguns dos seus vinhos na “fumaria”, por períodos variáveis, antes de transferirem as ânforas para caves frias. A “fumaria” era a parte superior da casa, ou sótão das fornalhas, onde se gerava o calor para o aquecimento central das “Villas”. As ânforas (negras do fumo) eram, naquele tempo, tratadas com enorme reverência e os vinhos que delas saiam eram excepcionalmente apreciados.O envelhecimento do vinho Madeira não virá certamente dos Romanos, mas este processo de maturação que utiliza o calor resulta certamente de uma tentativa de simulação das condições a que os vinhos eram sujeitos nas suas longas travessias oceânicas até às “West Indies”, durante as quais os cascos de vinho Madeira passavam duas vezes os calores da linha do Equador.



A ESTUFAGEM



O vinho é colocado em cubas inox, eventualmente com isolamento térmico, aquecido a 45ºC - 50ºC e mantido a esta temperatura através de um sistema de permuta com água quente, durante um período nunca inferior a 3 meses. Este processo não é utilizado para os vinhos de qualidade superior, para os quais está reservado o processo de maturação em “Canteiro”.



ENVELHECIMENTO EM CANTEIRO



Apenas os vinhos seleccionados como sendo de qualidade superior são envelhecidos segundo este método. A designação “canteiro” é atribuída às traves colocadas no chão dos armazéns que suportam os cascos empilhados. A bateria de cascos empilhados também recebe o mesmo nome. O “canteiro” de cascos é colocado na parte superior dos armazéns, muito próximo do telhado e, portanto, com pouco isolamento, para que possa usufruir do calor que aqui se acumula e beneficiar do efeito da estufagem.O clima sub-tropical da ilha da Madeira é o ideal para este tipo de processo de maturação.Que fenómenos estão por detrás deste tipo de envelhecimento que origina vinhos com aromas tão diferentes dos aromas primários? O envelhecimento oxidativo potenciado pelo calor acelera uma quantidade enorme de processos bioquímicos oxidativos, de polimerização da cor e dos taninos, de esterificação, etc., que conduzem a aromas tão invulgares como os balsâmicos (pinho e eucalipto), os a especiarias (baunilha, pimenta, cravinho, caril, noz-moscada e canela), os de torrefacção (café, tabaco e caramelo), os a frutos secos, a doce de casca de laranja, a coco, etc.



A DIVERSIDADE DO VINHO MADEIRA



Os diferentes tipos de vinho Madeira são função de vários factores:


a. Ano de colheita


1. SoleraMínimo de 5 anos em canteiro. Após este período, podem ser retirados anualmente cerca de 10% do lote base para engarrafamento, sendo este vinho base que é retirado substituído por outro de idade idêntica. Este processo pode repetir-se dez vezes. A seguir à décima adição, o vinho existente pode ser engarrafado de uma só vez.

2. ColheitaVinho de uma só colheita e de uma só casta, com envelhecimento mínimo de cinco anos.

3.VintageVinho de uma só colheita e de uma só casta ou mistura de castas recomendadas, com envelhecimento mínimo de 20 anos em “canteiro”.

b. Indicação de Idade

1. Selecionado - Vinhos entre 3 e 5 anos


2. Rainwater - Máximo 5 anos de idade, cor entre o dourado e o meio dourado e massa volúmica igual ou inferior a 1015 g/litro

3. 5 Anos - Vinhos entre 5 e 10 anos que podem levar o nome da casta

4. 10 Anos - Vinhos entre 10 e 15 anos que podem levar o nome da casta

5. 15 Anos - Vinhos entre 15 e 20 anos que podem levar o nome da casta

6. 20 Anos - Vinhos entre 20 e 30 anos que podem levar o nome da casta

7. 30 Anos - Vinhos entre 30 e 40 anos que podem levar o nome da casta

8. + de 40 Anos - Vinhos com mais de 40 anos que podem levar o nome da casta

c. Processo de produção


Canteiro

Menção reservada aos vinhos que envelhecem no mínimo 2 anos em “Canteiro”

d.Grau de doçura


1. Extra - seco - <>

2. Seco - Entre 49,1 g e 64,8 g de açucares totais por litro de vinho


3. Meio-seco - Entre 64,8 g e 80,4 g de açucares totais por litro de vinho


4. Meio-DoceEntre 80,4 g e 96,1 g de açucares totais por litro de vinho


5. Doce> 96,1 g de açucares totais por litro de vinho

e. Estrutura


1. Leve - Vinho pouco encorpado mas equilibrado

2. Menção - Rico em extracto, equilibrado e cheio

3. Fino - Vinho de Qualidade, elegante, acidez equilibrada, corpo e aromas de envelhecimento em casco

4. Macio - Vinho fino com “bouquet” evoluído

5. Aveludado - Vinho macio e glicerinado, untuoso, resultante do envelhecimento em cascos

6. Amadurecido - Vinho macio, demonstrando idade e equilíbrio perfeitos

f. Cor

1. Muito pálido - Aberto, levemente citrino, jovem

2. Pálido - Aberto, palha

3. Dourado

4. Meio Escuro - Dourado com leves tons acastanhados

5. Escuro - Dominância dos tons acastanhados

g. Castas


Malvasia
Boal
Verdelho
Sercial


É esta a ordem decrescente de doçura que caracteriza os Vinhos da Madeira.


fonte: sogrape vinhos


VINHOS DO PORTO DESTINADOS A ENVELHECER EM GARRAFAS.

O Vinho do Porto Vintage

Como expoente máximo de Vinhos do Porto destinado a envelhecer em garrafa existe o Vinho do Porto Vintage.

Feito com uvas de excepcional qualidade e normalmente vinificado em lagares, de modo a poder fazer-se a extracção dos componentes da uva com recurso à pisa a pé, este é um vinho que é produzido apenas em alguns anos em cada década – aqueles que revelam condições climáticas excepcionais e que, por isso mesmo, originam uvas também elas excepcionais.


São vinhos que logo à nascença, e muitas vezes ainda no lagar, demonstram uma enorme intensidade corante e aromática e uma concentração em boca fora do normal. São vinhos que habitualmente se protege do contacto com o ar até ao seu engarrafamento, que pode ocorrer entre o segundo e o terceiro ano após a data de colheita.


Os Vintage têm uma capacidade excepcional de envelhecimento em garrafa, conseguindo conservar a fruta, a frescura e a intensidade e desenvolvendo, com a idade, aromas muito mais complexos, típicos da maturação em redução, na categoria dos aromas balsâmicos e empireumáticos.Há registos de Vintage que remontam a 1756.


Há também anos clássicos, como 2003, 1994, 1997, 1977, 1963, 1948, 1945, 1935, 1927, etc.


Os Vinhos do Porto Vintage exibem muita juventude até ao sexto ou sétimo ano após a data de colheita e, se consumidos dentro deste período, é de esperar uma exuberância dos aromas a frutos silvestres, bem como uma concentração dos taninos. A partir do 10º/15º ano entra-se no período ideal para o consumo de um Vintage, pois o vinho torna-se mais rico, mais complexo e mais elegante.
O Vinho do Porto Vintage Single QuintaSão Vinhos do Porto Vintage que, além de terem origem numa única colheita, provêm apenas de uma única quinta.



Legenda: Sandeman Late Bottled Vintage Porto 2004


O Vinho do Porto LBV – Late Bottled Vintage É um vinho de elevada qualidade com origem numa só colheita mas que devido ao facto de ser engarrafado mais tarde (entre o quarto e o sexto ano após a data de colheita) apresenta-se mais dócil do que um Vintage da mesma idade. Estes vinhos estagiam normalmente em vasilhas de madeira – tonéis ou balseiros – de grande capacidade para limitar os processos oxidativos.

Os LBV aproximam-se muito de um Vintage se forem tradicionais, como os LVB das casas Ferreira, Offley e Sandeman, o que significa que não sofreram nenhum processo de estabilização pelo frio, que lhe retiraria muita da qualidade original.

O Vinho do Porto Ruby Reserva São o resultado de lotes de vinhos de qualidade, dos quais se tenta exibir as características de juventude, cor e fruta, dentro do estilo da casa produtora. De todos os vinhos acima citados, é o que terá menor capacidade de envelhecimento em garrafa, devendo ser consumido até 24 meses após o seu engarrafamento.


FONTE: sogrape vinho

MATURAÇÃO DE VINHOS DO PORTO.


Para compreender o Vinho do Porto no seu todo e as várias categorias existentes deste tipo de vinho, há que fazer uma divisão prévia de sistemas de maturação.


De uma forma muito simples, pode-se afirmar que o Vinho do Porto se divide em dois “mundos”: o mundo dos vinhos que envelhecem em condições oxidativas (tipo Tawny) e o mundo dos vinhos que são preparados para envelhecer em ambiente redutor.


O envelhecimento em condições oxidativas conduz sempre a uma elevada esterificação e a uma concentração de açúcar e dos ácidos, fruto das perdas por evaporação que ocorrem devido ao envelhecimento em madeira e que podem chegar aos 2% em cada ano.


Fazendo as contas, dos 100 litros iniciais destinados a um 20 Anos, apenas cerca de 50% desse vinho chegará à garrafa.


O envelhecimento de Vinhos do Porto tintos em condições oxidativas

Legenda: Toneis de 125 000 litros


Com este tipo de maturação, pretende-se desenvolver nos vinhos as características de um “Tawny”, a saber:
cor tinta alourada, aromas de evolução oxidativa (a uva passa, cacau, frutos secos, canela, café, caramelo, etc.).


Para promover este tipo de envelhecimento, as casas de vinho do Porto recorrem ao uso da madeira, que permite que se dêem trocas gasosas. Estas vasilhas de madeira têm ao longo da maturação um papel importantíssimo no fornecimento de oxigênio aos vinhos do Porto. Se os enólogos pretendem acelerar os fenômenos oxidativos, colocam os vinhos em cascos de carvalho de 620 litros (a medida utilizada nas marcas Porto Ferreira, Porto Offley e Sandeman.



Se, pelo contrário, pretendem preservar algumas características da fruta, da cor e da juventude, colocam os vinhos em grandes balseiros, que podem chegar aos 125.000 litros de capacidade. Desta forma, joga-se com a superfície específica de contacto do vinho com o ar para se obter vinhos com as características de um “Ruby”, a saber: cor vermelha profunda, aromas frescos a frutos vermelhos e taninos mais evidentes.
Legenda: Cascos de carvalho de 620 litros


Quanto menor for a vasilha, maior é a superfície de troca gasosa com que cada litro de vinho contacta e, consequentemente, mais rápida é a evolução dos processos oxidativos. Normalmente, os vinhos destinados a um Colheita, a um 10 Anos, 20 Anos, 30 Anos ou mais de 40 Anos envelhecem a maior parte da sua vida em cascos de carvalho de 620 litros, que dispõem de hierarquias entre si.À medida que os vinhos vão envelhecendo vão sendo colocados em cascos que foram destinados aos vinhos com aquela idade. Os cascos são atestados e tirados “em limpo” uma a duas vezes por ano. Os vinhos que sofreram este tipo de maturação, após engarrafamento pouco evoluem na garrafa, estando prontos para consumo imediatamente.


As Categorias Especiais de Vinhos do Porto Tawny


Tawny Reserva – Resultado de um lote de vinhos com uma idade média de 6 anos.


Tawny 10 Anos – Resultado de um lote de vinhos com uma idade média de 10 anos.


Tawny 20 Anos – Resultado de um lote de vinhos com uma idade média de 20 anos.


Tawny 30 Anos – Resultado de um lote de vinhos com uma idade média de 30 anos.


Tawny 40 Anos – Resultado de um lote de vinhos com uma idade média de 40 anos.


Colheita – Resultado do envelhecimento oxidativo de um vinho de uma só colheita, podendo ser comercializado 7 anos após a data de colheita.



FONTE: sogrape vinhos

JEREZ OU SHERRY.

A história do Jerez ou Sherry inicia em 1100 a.c. quando os Feníciosfundaram a cidade de Gadiz, atual Cadice, que embora tenha sido abandonadapor causa do terrível calor e ventos. A nova cidade mais para o interior, Xera acredita-se que possa ser a Jerez de hoje.

Em 1.o de janeiro de 1996, aEspanha obteve o direito do uso exclusivo deste nome n Europa, embora aindaocorram abusos principalmente com o nome sherry na Irlanda e na GrãBretanha. Esta, definido que o termo Sherry deve ser empregado exclusivamente para osvinhos fortificados produzidos na região da Andaluzia em torno das cidadesde Candice e de Jerez de la Frontera e somente com as uvas PALOMINO, PEDROXIMENES E MOSCATEL FINO.

Os vinhedos tem uma extensão de aproximadamente10600 há, sobre um terreno chamado albariz - superfície branca e brilhanteconstituída de marna orgânica e da sedimentação de alghe.É tradição secular consolidada da produção que a colheita inicie-se naprimeira semana de setembro com a uva Palomino que é deixada secando no solo por 12-24 horas enquanto as outras duas permanecem expostas por quase20 dias. Durante a noite estas uvas são protegidas para evitar que absorvam umidade excessiva e antes do inicio da produção se acrescenta um pouco de ÿeso"- gesso, sobretudo aquele da zona de Macharnudo,Sanlucar de Barrameda, Carrascal, Anina e de Balbaina que favorecem aprecipitação de cristais de tartarato.

O vinho é colocado em pequenos tonéis de quércia que são preenchidos ate 90%de sua capacidade, enquanto a fermentação inicia após 12 horas e continuapor outras 36-50 na temperatura de 25-30 °C: tudo se copleta em 40-50 dias. Durante esta evolução forma-se a FLOR que determinará se um sherrytornar-se-á FINO ou não. A FLOR é produzida pelas leveduras de sacaromice que formam uma película branco acinzentada flutuante sobre a superfície dovinho e é proveniente da microflora presente na uva palomino.

O efeito da FLOR sobre o vinho, futuro sherry, é de absorver os eventuaisresíduos de açúcar, reduzir o glicerol e os ácidos voláteis e aumenta notadamente os ésteres e aldeídos para o qual necessita:

* Titulação alcoólica entre 13,5 e 17,5% - o ideal é de 15,5% em cujoo acetobacter morre.

* Temperatura ambiente entre 15-30°C.

* Conteúdo de anidrido sulfuroso menor que 0,o18%.

* Conteúdo de taninos inferiores a 0,01%.

* Ausência total e completa de açucares fermentáveis.

O responsável pela cantina deve cheirar todos os tonéis para saber qual vaiser o desenvolvimento do vinho. Neste momento, os vinhos de nível mais baixo, isto é, aqueles com pouca ou sem FLOR são fortificados com uma solução alcoólica ate atingir 18% impedindo assim que o vinho se transforme em vinagre.

A operação de fortificação a 15,3% do vinho é a perfeita paraobter a tipologia FINO, com uma mistura de metade de álcool puro e restantesuco de uva de uma das três tipologias de cepas utilizadas: tal elaboração échamada "mitad y mitad" ou "combinado".

Quinze dias depois, aproximadamente, os vinhos são submetidos ao sistema"SOLERA" que constitui em uma assemblage fracionada nos tonéis que dispostosum sobre os outros formando uma espécie de piramede e aqueles dispostos nabase desta piramede são chamados de SOLERA.
A normativa prevê que se possa retirar ao máximo 1/3 do conteúdo, mas tal limite se reduz a 1/5 no casode vinhos de elevada qualidade.
A tipologia do sherry chamada VINTAGE significa um vinho de excelentequalidade obtido em uma única safra, como se fosse um grande champagne milesimado, e que leverá no rótulo o ano de produção e o engarrafamento.
A denominação "FINO DE SOLERA" corresponde ao sherry que foi acrescido vinhomais jovem para manter constante o frescor que com o tempo tem a sua cortendendo para o âmbar intenso, brilhante e vivo, adquirindo assim muitolentamente mas cada vez mais o seu intrínseco e inimitável bouquet e cadavez mais alcoólico, com a evaporação da água que cada vez mais torna-seescassa.
Alguns FINOS de excelente qualidade destinados ao envelhecimento tendem a
atingir uma concentração de álcool de 18-19%.
A tipologia do sherry que podem ser comercializadas são sete:
FINO - seco, fresco e ligeiro, ótimo se consumido rapidamente; 15,5-17%.
MANZANILLA - seco e é o mais ligeiro porem com ótima sapidez; 15,5-17%.
AMONTILLADO - obtido de velhos e velhissimos finos; seco e estruturados,potentes e de intensa cor ambar; 16-18%.
OLOROSO - emcorpado, obtido somente com uva palomino, sempre muito velho,escuro e com uma evolução complexa de seus aromas; 20-22%.
CREAM - um ótimo cuvée obtido da tipologia oloroso e pedro ximenes; 18-20%.
PALO CORTADO - cada vez mais raro quando obtido de um cuvée de amontilado ede oloroso; potente e estruturado, seco e ambar escuro em sua cor com aromasraros e ricos; 18-20%.
VINTAGE - obtido de uma só safra. Brilhante e intenso com coloração âmbar;sempre muito refinado; 18-20%.

domingo, 21 de novembro de 2010

ADEUS BARRICAS... JANCIS ROBINSOSN DESCOBRIU QUE MAIOR É MELHOR!!



Os barris não estão mais na moda! Quem afirma é Jancis Robinson, em um artigo recente no Financial Times (http://www.jancisrobinson.com/articles/a201011033.html ).


Ela diz que as barricas pequenas (225 L) já tiveram seu tempo e descreve o que considera uma tendência, seja na Itália, país tradicional dos grandes recipientes, seja na França o uso de grandes barris de 500 L.

“Há 20 anos o sucesso dos produtores ao redor do mundo era medido pela quantidade de barris novos, principalmente os franceses, que eram utilizados em suas cantinas. Aquela característica de tostado e denso (principalmente nos chardonnays e cabernets) que sobressaia em relação à fruta foi por um período a moda no mundo do vinho.”

Durante uma de suas viagens a região da Toscana, Jancis Robinson degustou o mesmo sangiovese (vinho) amadurecido em diferentes barris e “descobriu” que o vinho amadurecido em um barril maior é mais refinado e preciso.

Será que os ditadores da moda estão revendo todos seus conceitos? Por anos Jancis, assim como todos os outros críticos, glorificaram os “vinhos amadeirados”.

Acredito que este movimento seja parte de uma tendência, porém não uma moda referente à percepção ou a “descoberta” deste ou daquele crítico, mas a tendência que acontece com a melhor educação e conhecimento por parte dos consumidores.

Após alguns anos degustando o que lhe era sugerido, os consumidores começaram a formar o seu próprio padrão de escolha. E, talvez, os críticos de vinho não formem mais opnioes, mas passem a ecoar os desejos de seus leitores.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

AS MELHORES CARTAS DE VINHO AÉREAS!

Como todos os anos, as melhores cartas de vinhos das companhias aéreas são escolhidas no International Business-class Airline Wine Competition.
Trinta juizes degustaram e pontuaram 118 vinhos apresentados por 26 companhias aéreas, para decidir qual a melhor lista. Os vinhos são os mesmos servidos nas classes executivas dos aviões destas empresas. Os vinhos da Austrian Airlines atingiram a maior pontuação. Logo atrás a Qatar airways, campeã do ano passado com 0.28 pontos de diferença. O terceiro lugar ficou para a TAM linhas aéreas.
A grande campeã mostrou que não baseia a sua carta de vinhos em apenas um ou dois grandes vinhos, mas oferece grandes rótulos nas diferentes opções – champagnes, vinhos brancos austríacos, alemães ou franceses além de grandes tintos. Para tanto ela escolhe anualmente os vinhos que serão servidos em seus vôos da classe executiva contando com a colaboração de 55 sommeliers austríacos que degustam centenas de rótulos. Desta seleção a companhia escolhe 4 brancos e 4 tintos para apresentar a seus passageiros.
Neste resultado cabe ressaltar a excelente colocação da brasileira TAM !

Mas também não poderei deixar de registrar uma critica a nossa companhia aérea.
Apesar de estarmos falando de vinhos servidos na confortável classe executiva, a TAM, assim como outras empresas, oferece nas demais classes, vinhos para acompanhar suas refeições. Depois de viajar algumas vezes a Europa neste ano, pude perceber que nos vôos de empresas italianas e espanholas foram servidos vinhos italianos e espanhóis... e curiosamente na brasileira TAM foram servidos vinhos argentinos!!!

Não se trata de nenhuma discussão ufanista. A escolha dos vinhos é livre e deve ter sido baseada entre outros fatores em questões comerciais. Mas a empresa que “tem orgulho de ser brasileira” poderia ser a primeira a apresentar produtos nacionais aos estrangeiros que visitam nosso pais.

Que pena que eles não lêem este blog!!

A MESMA UVA E TRÊS VINHOS DIFERENTES – OS GRANDES VINHOS BRANCOS DA BORGONHA.



CHABLIS

Chablis é uma AOC situada no distrito de Yonne, vizinho a Auxerre, na porção mais ao norte da Borgonha. Diversas congregações de monges se instalaram na região e todas se dedicavam a o cultivo da videira. Graças a atividade dos conventos, já na idade média, os vinhos de Chablis gozavam de grande reputação. Logo surgiu a vocação do território para o cultivo da cepa chardonnay; ainda hoje Chablis é sinônimo de vinho branco da uva chardonnay. A denominação compreende cerca de 20 comunas e se distingue em 4 sub-denominações: no vértice da pirâmide qualitativa temos os Chablis Grand Cru seguidos dos Chablis Premier Cru e sucessivamente temos s denominações comunais Chablis e Petit Chablis. Os premiers cru se encontram na parte setentrional da zona. O estrato de sedimentos que compõem o terreno, decorrente do período Jurássico, é um dos elementos que determinam a qualidade do vinho.

MEURSAULT

Meursault é uma pequena cidade da Cote de Beaune. Aqui o primeiro vinhedo foi plantado em 1098 e em pouco tempo o vinho branco, produzido com a uva Chardonnay adquiriu grande fama. E não é surpresa que séculos mais tarde o Meursault tornou-se um dos vinhos preferidos do então embaixador americano na França Thomas Jefferson. Os melhores vinhedos se encontram a cerca de 260 metros acima do nível do mar, tendo boa exposição e plantados em solos de calcário e marga. Trata-se de ma terra de brancos mas napo faltam os tintos meursault da uva pinot noir, que correspondem a uma parte muito modesta da produção. Meursault não são Grand Crus mas Premiers Cru de altíssimo nível. Entre esses se distinguem por classe Les Perrièrs, Les Charmes, Les Genevrières, Les Gouttes d’Or, Les Cras, Les Bouchères. Também muitas “villages” são de excelente qualidade, como Les Narvaux, Le Limosin e Les Vireuils. Sao vinhos brancos muito longevos; apresentando boa alcoolicidade, acidez, de corpo e estrutura de qualidade capazes de envelhecer por décadas.

MONTRACHET

O nome deste Grand Cru deriva do Monte Rachat; em francês antigo rache significava peste e ressaltava tratar-se de uma região pobre e vazia. Incrível, se pensarmos que aqui nasce o mais prestigioso vinho branco seco do mundo. Obtido da uva chardonnay, o Montrachet é muito longevo e adequado para suportar décadas de envelhecimento até atingir o seu máximo. É um vinho muito procurado e entre os especialistas é considerado um dos vinhos mais prestigiosos. Os vinhedos de Montrachet encontram-se na parte mais ao sul da Côte D’Or sendo plantados em um terreno rico em calcáreo, pedregoso e com marga que permite a absorção do calor solar durante o dia e sua liberação à noite. Por esta cracteristica comprendemos como a chardonnay aqui cultivada pode produzir vinhos de excelência. Durante um periodo era cultivada a pinot noir mas hoje a regiao é o reino da chardonnay. A fama deste local ja era grande no seculo XVII; os monarcas cisticercenses de Maizières e depois importantes familias burguesas locais se ocuparam em manter essa reputação. É importante saber: é um erro consumir este vinho na sua juventude mas sim depois de seus 10 anos.

sábado, 23 de outubro de 2010

ÁGUAS MINERAIS E SUAS OPÇÕES DE HARMONIZAÇÕES


Com gás ou sem gás?

Para alguns clientes de restaurantes até pouco tempo atrás este era a única opção de escolha. Uma decisão simples e fácil, inclusive para o próprio restaurante que deveria preocupar-se com os seus estoques. Claro, se buscassem alguma marca de maior prestigio, poderiam escolher as águas com garrafa de vidro.
Atualmente, as águas minerais disponíveis no mercado já reivindicam seu lugar no acompanhamento dos pratos e já fazem parte de degustações especificas. Temos, conceitualmente, que a água é inodora, insípida e incolor, mas comece a conversar com seus amigos a respeito das preferências de água mineral e você começará a notar diferenças nas descrições de suas qualidades.
Existe na Itália uma associação de degustadores de água mineral e sommeliers já publicaram livros sobre sua avaliação organoléptica.
A diferença entre uma água e outra depende da sua mineralização (tanto qualitativamente como quantitativamente) e são influenciadas pelo seu pH e percentual de anidrido carbônico dissolvido.
Restaurantes que demonstram um maior cuidado com harmonização e gostam de oferecer diversidade a seus clientes já começam a preparar cartas especificas de água mineral, e o sommelier poderá indicar uma água oligomineral, doce e macia para acompanhar um peixe enquanto uma água rica em bicarbonato de cálcio é mais aconselhável ao acompanhamento de carne gorda graças ao seu efeito “desengordurante”.

Para cada prato uma água mais apropriada.

A regra de harmonização entre os pratos e as bebidas são fundamentados em critérios bem precisos, tendo referencia as principais características sensoriais de cada elemento e como eles interagem entre si.
No caso do vinho e da cerveja (que mais recentemente passou a ser elemento de harmonizações muito prazerosas) que possuem elementos organolépticos bem característicos no olfato e no gosto e que devem se justapor na harmonização (concordância ou contraposição) com a comida.
A fim de obter uma boa harmonização, é preciso que, do ponto de vista olfativo, os aromas da bebida sejam tão marcantes quanto são os perfumes do prato, enquanto as características gustativas devem ser marcantes em ambos os elementos.
Se isso vale para as bebidas que apresentam perfumes e sabores dominantes, no caso da harmonização da comida com a água, ao contrário, teremos apenas uma parte dos componentes vistos acima: aqueles que envolvem o gosto e o tato.
Na água estão presentes somente alguma das substâncias organolépticas encontradas na cerveja e no vinho, principalmente associadas as sensações ácidas, sápidas e até amarga e adstringente. Irrelevantes são as substancias aromáticas, com exceção de algumas águas de origem vulcânicas, sulfurosas ou ferrosas.
Neste ponto de vista, a harmonização da comida e da água devera responder a alguns critérios simples baseados na regra de equilíbrio gustativo e de afinidade. Tais critérios prevêem, no extremo da escala, as seguintes harmonizações sugeridas:

- prato de sabor delicado e de consistência macia – água discretamente mineralizada (ou sem efervescência);
- prato com muito sabor e consistente – água mineral efervescente.
No meio destas duas situações opostas estão todas as outras possibilidades de harmonizações, nas quais, como no caso do vinho e da cerveja, vigora a regra do contraste.

De maneira livre, portanto, podemos ter água acida e efervescente com pratos de tendência gordurosa e água sápida com prato insípido ou de ligeira tendência ao doce.
Importante em tudo isso, é não esquecer também do gosto pessoal que pode condicionar o sucesso de harmonização, limitando muito o prazer. Como no caso de outras bebidas, de fato, a melhor água é aquela que termina primeiro na mesa.

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS MINERAIS NATURAIS
Segundo o Código de Águas do Brasil (decreto-lei 7.841, de 8/08/45), em seu artigo 1°, águas minerais naturais "são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação.medicamentosa".Neste código as águas minerais naturais são classificadas segundo suas características permanentes e segundo as características inerentes às fontes.
1- CARACTERÍSTICAS PERMANENTES
Quanto à composição química, as águas minerais naturais são assim classificadas:
· I - Oligominerais: aquelas que contêm diversos tipos de sais, todos em baixa concentração.
· II - Radíferas: quando contêm substâncias radioativas dissolvidas.
· III - Alcalina-bicarbonatadas: as que contêm, por litro, uma quantidade de compostos alcalinos equivalentes a, no mínimo, a 0,200g de bicarbonato de sódio.
· IV - Alcalino-terrosas: as que contêm, por litro, uma quantidade de alcalinos terrosos equivalentes a, no mínimo, 0,120g de carbonato de cálcio, distinguindo-se:
o IVa - Alcalino-terrosas cálcicas.
o IV.b - Alcalino-terrosas magnesianas.
· V- Sulfatadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,100g do ânion SO4, combinado aos cátion Na, K e Mg.
· VI- Sulfurosas: as que contêm, no mínimo, 0,001g do ânion S.
· VII-Nitratadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,100g de ânion NO3 de origem mineral.
· VIII- Cloretadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,500g de NaCl.
· IX- Ferruginosas: as que contêm, por litro, no mínimo. 0,005g de cátion Fe.
X- Radioativas: as que contêm radônio em dissolução.
· XI- Toriativas: as que possuem, por litro, no mínimo, um teor em torônio em dissolução equivalente, em unidades eletrostáticas, a 2 unidades Mache.
· XII- Carbogasosas: as que contêm, por litro, 200ml de gás carbônico livre dissolvido, a 20°C e 760mm de Hg de pressão.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

EVENTO DE DEGUSTAÇÃO HARMONIZADA COM VINHOS BRASILEIROS CHEGA A PORTO ALEGRE


“Para Saber o Sabor dos Vinhos do Brasil” é realizado pelo Ibravin em parceria com a Escola de Gastronomia UCS-ICIF e a Federação Internacional de Sommeliers (FSI)
O evento “Para Saber o Sabor dos Vinhos do Brasil” chega a Porto Alegre nesta quarta e quinta-feira (dias 20 e 21). A degustação harmonizada de vinhos brasileiros acontecerá das 19h às 21h no Becco Restaurante Praia de Belas - Blue Tree Millenium (Av. Borges de Medeiros, 3120 – Solarium). O engenheiro agrônomo, enólogo e sommelier Jefferson Sancineto Nunes, presidente da Federação Internacional de Sommeliers (FSI), conduz a degustação, acompanhado dos pratos elaborados pelo chef Mauro Cingolani, diretor-técnico da Escola de Gastronomia UCS-ICIF, de Flores da Cunha.
Lançado em São Paulo, na Expovinis 2010, em abril deste ano, o evento “Para Saber o Sabor dos Vinhos do Brasil” é realizado pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), em parceria com a Escola de Gastronomia UCS-ICIF e a FSI. Durante o jantar, os participantes recebem uma breve aula de harmonização, por meio de uma experiência divertida e inédita. São servidos quatro pratos acompanhados por sete vinhos brasileiros que, além de afinarem o paladar, despertam os sentidos numa mescla de textura, cores e sabores.
De entrada, serão servidos espumantes brut, com bacalhau cremoso ao azeite de oliva extra virgem. Os vinhos brancos e rosé vem em seguida, acompanhados de coelho em conserva com especiarias e ervas aromáticas. Já os vinhos tintos vão à mesa com o prato de carne bovina assada na brasa ao vinho tinto e cebola glacê. Por fim, o espumante moscatel é harmonizado com a sobremesa mousse de laranja. “A ideia é descomplicar o que não é complicado, mas parece que é”, afirma Jefferson Nunes. “Queremos oferecer as pessoas a oportunidade de descobrimento dos vinhos brasileiros”.
O chef Mauro Cingolani ressalta que o evento não se trata de um jantar harmonizado, mas sim uma degustação diferente, com pequenas porções dos pratos do cardápio. “Queremos proporcionar a experiência de sentir diversas sensações e sabores dos vinhos brasileiros através da comida”, explica. Estas serão a terceira e a quarta edições do evento, já realizado em Flores da Cunha, onde ocorreu no dia 23 de setembro, e Gramado, no dia 14 de outubro. No próximo ano, o projeto deve ser realizado em outras cidades do RS e de outros estados do país.


ASSESSORIA DE IMPRENSA - IBRAVIN

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O ITALIANO LUCA GARDINI É O NOVO CAMPEÃO MUNDIAL DE SOMMELIER.


O italiano Luca Gardini foi coroado melhor sommelier do mundo no concurso que aconteceu em Santo Domingo. Gardini, de 29 anos, atua como sommelier no restaurante Cracco em Milão. Em sua curta carreira já foi eleito o mellhor sommelier da Itália em 2004 e da Europa em 2009.

No concurso organizado pela Worldwide Sommelier Association, o italiano superou na final o tcheco Milan Krejci e Hector Garcia da Republica Dominicana.

O jovem campeão mundial formou-se na escola de Giorgio Pinchiorri, da enoteca homônima de Firenze e tem em seu pai Roberto Gardini, ex-campeão italiano e diretor da Associação Italiana de Sommelier, o exemplo mais marcante de sua carreira.

A próxima disputa promovida pela WSA acontecerá daqui a dois anos Londres. Em Santo Domingo, 14 nações estavam representadas. Apesar de ser integrante da WSA a FSI-Brasil não enviou nenhum representante.

domingo, 10 de outubro de 2010

NASCE O PRIMEIRO ICEWINE BRASILEIRO.

Dia 10/10/10 ás 10:10 h!

Com essa combinação de números 10 nasce para o mercado o primeiro icewine brasileiro. Trazemos aqui algumas características desse novo vinho brasileiro representando uma das regiões mais frias do Brasil.

VARIEDADE - Cabernet Sauvignon.

ORIGEM - Pericó Valley, São Joaquim/SC,das Terras de Altitude e da Neve Catarinense, a 1300 m.s.n.m..

PROCESSO - Vinho licoroso elaborado com uvas colhidas maduras e congeladas naturalmente nos vinhedos (temperatura de -7,5 oC), no final do outono, cultivados em espaldeira, com uma produção de somente 0,500 kg por planta. Os vinhedos estão localizados a uma altitude de 1300 metros acima do nível médio do mar.

CARACTERISTICAS ANALÍTICAS

Álcool 15 %
Acidez Total 6,73 g/L (ácido Tartárico)
Densidade 1,0263
Extrato seco 120,45 g/L
S02 Total/Livre 18/168 mg/L
Açúcares Totais 84 g/L

ANÁLISE ORGANOLÉPATICA

VISUAL

rosa granada com reflexos castanhos


OLFATO

apresenta um aroma intenso e muito complexo com forte presença de frutas como uva passa, figo seco, tâmaras secas, ameixa seca e um discreto aroma de goiaba. Apresenta também aroma floral lembrando à rosas.


BOCA

o ataque inicial é doce, mas em virtude da ótima acidez o vinho é equilibrado, extremamente persistente e denso, no retro olfato destacam-se as frutas secas que se percebem no aroma, lembra marmelada bem cozida. Percebe-se nitidamente aromas de especiarias como a baunilha e o chocolate.


HARMONIZAÇÃO

O Pericó icewine, hamorniza com sobremesas a base de pêra e frutas secas, queijos azuis (Roquefort e Gorgonzola), queijos de fungo branco (Brie e Camembert), Foie gras. É um vinho de meditação e portanto pode ser degustado e apreciado sem nenhum outro tipo de alimento.
Safra 2009 200 ml temp. consumo 9 a 11 ºc - nesta temperatura obtemos melhor equilíbrio em boca e valorização dos aromas.

Tendo como idealizador o sommelier italiano Roberto Rabachino, enólogo responsável pelo projeto Jefferson Sanciento Nunes, presidente da FSI-Brasil, e empreendedor o Sr. Wandér Weege, a vinícola Pericó coloca o vinho brasileiro em um seleto grupo mundial.

Leia nas palavras do Enólogo Jefferson Sancineto a importância deste momento:

“Hoje o Brasil esta entrando na historia da viticultura e da enologia mundial num momento único, numa data especial que vai se repetir apenas daqui a 1000 anos. Uma data 10 repetida 6 vezes, como ocorreu a pouco segundos atrás, quando as 10 horas 10 minutos e 10 segundos do dia 10/10/10. A vinícola Pericó apresentou oficialmente o primeiro vinho do gelo para os brasileiros e para todos os grandes enoapaixonados, foi um momento muito importante, um momento histórico, um momento que muito me orgulha porque este desafio realmente foi bastante árduo. Nós conseguimos domar a natureza e produzir um vinho muito interessante, um vinho extremamente harmônico, um vinho que tenho absoluta certeza que o Brasil seja reconhecido mundialmente e e principalmente que nos sintamos orgulho por sermos brasileiros!”


Este vinho foi submetido a uma criteriosa avaliação realizada em Turim na Itália.

Abaixo a ficha de degustação e o rsultado final:


Federação Italiana Sommelier Hoteleiros e Restaurateurs - FISAR


Ficha Técnica Certificada de Análise Sensorial n° 793966 / sbt / 2010


ICEWINE BRASIL - SAFRA 2009 - 15,1%


VINÍCOLA PERICÓ SÃO JOAQUIM/SC/BRASIL


Cod. barra identificado na etiqueta 7 898930 257112

Descrição

Geral
Variedades declaradas: 100% Cabernet Sauvignon

Degustação efetuada: 7 Setembro de 2010 - às 10h Local: Sala de degustação técnica n° 7 - F.I.S.A.R. / Universidades de Estudos de Torino - Faculdade de Agronomia

Painel Degustação

Painel Líder:

Dr. Roberto Rabachino

Painel Sommelier:
Somm. Claudio Genova
Somm. Giovanni Scarpino
Somm. Paola Valenti

Painel Juiz Internacional:
Juiz Giovanni Sciuscio
Juiza Antonellia Briganti
Juiz Stefano Stefanucci

Análise Organoléptica

Visual
A cor apresenta uma tonalidade que tende ao alaranjado típico de um Cabernet Sauvignon colhido congelado e afinado em barrica por um longo período (12 meses).Límpido, com ausência de resíduos em suspensão derivados dos processos de vinificação.
Submetido à luz com a posição da taça na horizontal, a sua luminosidade apresenta reflexos que evidenciam uma leve, mas perceptível nota âmbar.
Submetido à luz com a taça na posição reta, apresenta intensidade e densidade cromática na passagem da luz.
A rotação do vinho numa taça de degustação ISO permite avaliar uma boa densidade. Ausência total de resíduos depositados nas paredes internas da taça.

Olfativa Direta

No nariz o vinho não apresenta nenhum defeito evidente, com ausência total de problemas de oxidação ou acidificação.
Notas iniciais apreciáveis de rosa mosqueta que depois se torna fruta vermelha, cereja vermelha madura que depois evolui para uma agradável sensação de figos secos. A ausência total do aroma varietal de Cabernet Sauvignon (pimentão verde) é devido ao método de colheita das uvas congeladas.
A evolução final dos terciários permite desfrutar um bouquet final de baunilha.

Gosto

A veia ácida deste vinho é surpreendentemente equilibrada e minimiza a percepção da quantidade de açúcar presente no vinho (84 gr/lt de açúcar).
Percebe-se uma leve nota sápida que no entanto não é amarga.
A sensação na boca é longa e persistente.
É positivo o envolvimento em toda a língua que se estende de reflexos na boca inteira permitindo-nos definir o produto analisado com o termo envolvente.

Olfativa Indireta e Tátil

A análise retro olfativa confirma os aromas do nariz acrescentando os aromas de tâmaras e ameixas secas. Uma leve e agradável nota final terciária de amêndoa branca sem pele.
O álcool presente determina o aumento claramente perceptível da temperatura a nível das papilas gustativas centrais.
Não estão presentes oxidações.
Ausência total de adstringência.

Considerações Finais

Serviço - Conservação
Pode-se considerar o vinho pronto para o consumo.Já atingiu o ponto máximo de prazer (mpp). Os seus componentes estruturais permitem declarar também sensorialmente que é um vinho licoroso (cat. Icewine).
O vinho surpreendeu positivamente pela qualidade e elegância.
O vinho pode ser classificado: intenso no olfato, persistente na boca e com boa estrutura ácida, envolvente.
Degustado a 18, 16, 15, 13, 11, 10, 9 e 8 graus Celsius - aconselha-se a temperatura de serviço entre 9/11 graus Celsius.
Aconselha-se a degustação numa taça com a boca levemente aberta, de média dimensão (ou INAO/ISO).
Aconselha-se a conservação num lugar seco e ventilado, resfriando a garrafa somente quando necessário.

******* Pontuação Final - 90/100 (noventa/cento)************

com método de classificação Internacional OIV Notas Vinho elegante, não é pesado, com boa veia ácida que exalta as características da espécie de vinho (icewine) e o frescor.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O QUE ACONTECE QUANDO SE AERA UM VINHO ? QUAL O SIGNIFICADO DE AERAÇÃO DO VINHO ?


Expondo o vinho ao ar ocorrem duas coisas: inicia oxidação e a evaporação. Oxidação é o que faz uma maçã ficar marrom depois que você a corta, e evaporação é o processo pelo qual um liquido se torna vapor. O vinho é composto por uma centena de elementos, e com a aeração, geralmente os compostos aromáticos indesejados irão evaporar mais rápido do que os desejados.
Existem alguns compostos particulares que são reduzidos com aeração, tais como sulfitos, que são adicionados ao vinho para prevenir oxidação e atividade microbial mas que tem um odor semelhante a palito de fósforo queimado e sulfidos que o odr se assemelha a ovo podre e casca de cebola. Etanol é um composto altamente volátil que pode estar muito presente logo que você abre a garrafa, mas com a aeração desaparece.

CULTURA DA VINHA.




Solo


O solo é um elemento decisivo na escolha do local de plantação da vinha, pois é a partir dele que a vinha vai receber a sua alimentação. Assim, antes de iniciar a plantação é preciso realizar alguns trabalhos de preparação e adubação do solo. Para a videira se desenvolver corretamente é necessário que a raiz tenha espaço no solo para crescer. É importante que se aumente a drenagem interna dos terrenos e o poder de retenção de água no solo. Além disso, deve-se proceder à análise de solos para determinar quais os elementos que devem ser enterrados em profundidade para constituírem uma boa reserva de nutrientes.




Porta-enxerto


No final do século XIX toda a Europa foi invadida pela filoxera, uma doença provocada por um inseto, que devastou muitas vinhas. Ao tentar combater esta doença fatal, descobriu-se que as raízes das videiras americanas eram resistentes ao inseto. A partir daí, começou-se a enxertar as videiras, isto é, utiliza-se uma raiz de origem americana e a parte superior de origem européia, que determina o fruto produzido. O porta-enxerto deve ser escolhido de acordo com o solo e o tipo de casta.




Castas


As videiras mais cultivadas são da espécie vitis-vinifera. As castas são variedades da videira e devem ser selecionadas de acordo com o solo, o clima e o tipo de vinho a produzir. A mesma casta origina vinhos completamente distintos de acordo com o solo e clima, embora possuam alguns componentes aromáticos que persistem independentemente desses fatores. Em cada região demarcada existem castas recomendadas que se destacam devido à sua elevada qualidade, excelência e adaptação local à produção de vinhos.




Enxertia


A enxertia é o processo de unir a parte aérea da planta (folha, caule, uvas) de origem européia com uma raiz de origem americana (designada de porta-enxerto) de forma a constituir uma só planta. O enxerto pode ser ligado através do método de garfo (utiliza um fragmento de ramo) ou de borbulha (utiliza um fragmento de casca que contem um olho), mas o comum é ser utilizado o método de garfo. A enxertia deve ser realizada a uma temperatura que ronde os 20º-25ºC, pois a esta temperatura há uma grande atividade celular e os elementos da planta produzem muitos tecidos cicatrizais, o que facilita a união dos dois elementos. Hoje em dia, é possível adquirir no mercado enxertos “prontos”, isto é, prontos a serem plantados.




Plantação e condução da vinha


A plantação da vinha inicia-se entre o mês de janeiro e março, quando ocorre a época de repouso vegetativo. Nos locais frios e unidos a plantação deve ser mais tardia do que nas zonas quentes e secas. A condução da vinha diz respeito à distribuição das videiras no solo, ou seja, o modo como a vinha se distribui no campo e se estrutura o desenvolvimento da planta. É essencial para a boa qualidade das uvas produzidas e tem como objetivo proporcionar as melhores condições de desenvolvimento da planta de acordo com o meio envolvente. Existem formas de condução tradicionais e modernas, mas todas têm uma finalidade em comum: permitir que a luz solar chegue aos cachos, que de outra forma seria encoberta pelas folhas da videira.




Poda e empa


A poda é a operação que consiste no corte de uma parte dos ramos da videira. Os seus objetivos são proporcionar melhores condições de produção e equilíbrio entre a planta e a sua vegetação, caso contrário a videira produz muitos cachos de bagos pequenos e de fraca qualidade. Se a poda se realizar após a vindima, quando a videira não tem folhas, é a poda de Inverno: a videira está em descanso vegetativo e os efeitos da poda na planta destinam-se a preparar a produção do ano seguinte. Se a poda for realizada quando a videira já tem folhas, é designada de poda em verde. Esta poda enfraquece a expansão vegetativa e os recursos da planta são mais dirigidos para os cachos.A empa consiste em dobrar e amarrar a vara que resulta da poda a um tutor (geralmente um arame) e normalmente é realizada ao mesmo tempo que a poda. O tutor apóia a videira e permite que a seiva chegue a toda a planta. A vara é dobrada para que as folhas da videira fiquem bem distribuídas




Intervenções em verde


As intervenções em verde correspondem às operações realizadas na videira, quando esta se encontra no processo vegetativo. É útil para continuar a assegurar as melhores condições de desenvolvimento da planta e de amadurecimento dos cachos. Mas também é essencial para facilitar a aplicação dos produtos fitossanitários e facilitar a passagem das máquinas. Nas intervenções em verde importa destacar: a desponta (corte das extremidades da vegetação); a desfolha (corte dos ramos jovens e folhas desnecessárias para facilitar o amadurecimento dos cachos) e a monda de cachos (utilizada em videiras muito produtivas, consiste na eliminação de alguns cachos para melhorar a qualidade das uvas dos cachos que continuam na videira).




Tratamentos


A videira está sujeita a doenças (bactérias, vírus ou fungos que atacam a planta) ou pragas (quando animais, por exemplo insetos ou pássaros, causam estragos na videira). Algumas das doenças mais comuns são o míldio e o oídio que atacam os órgãos verdes da planta. Algumas das pragas mais habituais são a traça da uva (atinge os bagos em todas as fases de desenvolvimento), a cigarrinha verde e o aranhiço vermelho (causam prejuízos na folhagem). Para prevenir doenças e pragas, as videiras recebem tratamentos fitossanitários que variam dependendo da região, solo e tipo de casta plantada, e também no número de pulverizações e no tipo de fungicidas aplicados.




Rega


A videira necessita de água quando inicia o crescimento vegetativo, isto é, quando os bagos começam a crescer e na fase da maturação. Contudo, o excesso de água pode ser prejudicial, pois conduz a um crescimento anormal dos bagos e consequentemente a mostos pouco concentrados. Hoje, o sistema de rega gota-a-gota é bastante popular, pois permite controlar a quantidade de água depositada em cada videira. No entanto, existem vários locais onde as vinhas não são regadas regularmente. Na verdade, na maior parte, só em verões muito quentes e secos onde não é normal esse tipo de condições climatéricas se procede à rega da vinha.




Vindima


A altura de iniciar a vindima é determinada de acordo com o estado de maturação das uvas e as condições climatéricas. À medida que os cachos amadurecem, a acidez dos bagos diminui e os teores de açúcar aumentam. É possível fazer análises por amostragem e procurar determinar a data da vindima em função da acidez e do grau de álcool previsível. Em relação às condições climatéricas, é desejável que não chova, já que a água e umidade absorvida pelos cachos são transmitidas para o vinho.



Fonte: Infovini

BRAVIO DELLE BOTTI em MONTEPULCIANO – ITÁLIA.



Para quem gosta de viajar e aproveitar as festas típicas de cada região aqui vai uma dica de festa muito antiga.
Ocorre no último domingo de agosto o Bravio delle Botti. O desafio original entre as oito contradas (divisões) de Montepulciano que competem por uma bandeira pintada tendo que rolar um barril de aproximadamente 80 Kg por 1800 m na principal rua da cidade. O barril é rolado por dois atletas chamados “spingitori”.
A palavra “Bravio” deriva do vernáculo “bravium” e esta indica o “panno” (bandeira) pintada com a imagem do patrono da cidade – São Giovanni Decolatto – que é premiada a contrada vencedora desde os anos 600.



domingo, 5 de setembro de 2010

DESIGN E VINHO.



A designer sueca Matilda Ringnér Sünden, criou um objeto inovador para servir o vinho: Rainman.


É uma jarra de vidro, em forma vagamente cónica, cilíndrica, aberto na parte superior e furado na parede lateral (tipo um chuveiro). A abertura é, obviamente, para derramar o vinho, enquanto o lado de abertura para servir a copo.


Em primeiro lugar, este é um objeto de design, dadas as formas, transparência e beleza. Mas também pode ser usado para decantaçao e oxigenação do vinho - se for necessário.Na verdade ...Quando servimos a nossa bebida, com esse objeto, o vinho cai como "chuva" na taça, e isso aumenta a quantidade de vinho em contato com o ar, fenómeno que favorece a oxigenação do vinho e promove o "despertar" de perfumes e aromas, escondidos. Util? Deixo a resposta com você!

Você pode visitar o site Skruf Glasruks: http://www.skrufsglasbruk.se/

ALARME FALSO ! POUCA COISA MUDOU PARA OS VIAJANTES QUE TRAZEM VINHO DO EXTERIOR.

Toda vez que vejo uma notícia dizendo que haverá alívio tributário (o leão ficando mais manso???) fico desconfiado. Se isso envolver o vinho, então...
Vi, nos últimos dias, algumas notícias e postagens que davam conta que haveria "isenção" para 12 litros de bebida alcoólica trazidas por viajantes vindos do exterior. Preferi esperar a publicação das normas para tratar do assunto aqui. E, sem nenhum demérito àqueles que divulgaram de pronto a notícia, acho que fiz bem.
Analisando tanto a portaria como a instrução normativa, verifica-se que, a rigor, não houve uma "isenção" propriamente dita. As garrafas de vinho que você trouxer do exterior (de avião) continuam integrando o cômputo dos 500 dólares de isenção geral. Portanto, se você trouxe, por exemplo, um notebook de 500 dólares, não poderá trazer nenhuma garrafa de vinho com isenção.
O que mudou, na prática, foi a quantidade de bebida alcoólica que você pode trazer (são 12 litros) dentro da isenção. Mas não se trata de isenção específica para as bebidas alcoólicas. Isso tudo continua, como eu já disse, dentro dos 500 dólares. Antes, não havia uma quantidade normatizada.
Em 2008, o amigo João Filipe Clemente (se você ainda não conhece o excelente blog dele, clique aqui) fez uma bela postagem sobre isso, que contou com a complementação do Rafael, que se identificou como servidor da Receita Federal. Ali, o Rafael trouxe esclarecimentos no sentido de que cabia ao agente alfandegário avaliar se os vinhos trazidos teriam ou não destinação comercial. Pelo que se compreende da nova norma, não há mais essa necessidade, desde que observado o limite de 12 litros.
As normas trouxeram alguns avanços. Incluíram, na definição "bens de caráter manifestamente pessoal" uma câmera fotográfica, um relógio de pulso e um aparelho de telefone celular. Mas isso só vale se esses itens estiverem dentro daquilo que a norma chama de "compatibilidade com as circunstâncias da viagem"...


CONSUMO DE VINHO MELHORA RACIOCÍNIO.

Um estudo realizado na Universidade de Tromso, na Noruega, indica que o hábito de ingerir álcool moderadamente faz bem para o raciocínio - melhor ainda se a bebida for vinho. Voluntários que bebiam com moderação (quatro vezes ou mais por semana) se saíram melhor em testes medindo funções cognitivas do que os totalmente abstêmios ou que bebiam pouco (uma vez ou menos no mesmo período).
Foram avaliados mais de 5 mil homens e mulheres, com idade média de 58 anos. Os autores da pesquisa, publicada na revista Acta Neurologica Scandinavica, admitem que outros fatores não testados como dieta e profissão podem ter influenciado. Idade, nível de educação, peso e doenças foram considerados.
Em mulheres, o fato de não beber esteve associado a desempenho cognitivo “significativamente” mais baixo. “O maior risco de função cognitiva pobre esteve em abstêmios. Entre homens, resultados sugerem menos disfunção cognitiva em consumidores de vinho e cerveja”, diz o artigo. Os autores anotavam só a frequência do consumo, não a quantidade. As diferenças entre os sexos podem estar ligadas a diferentes níveis de consumo.
Não há consenso sobre o que pode causar o efeito benéfico do consumo de álcool. Poderia estar relacionado à presença de antioxidantes como os polifenóis ou até ao próprio álcool etílico, que fortaleceria as artérias e reduziria inflamações, melhorando o fluxo de sangue.

ENOCHATOS


QUE ME PERDOEM OS CHATOS
Josimar Melo, critico de gastronomia da Folha de S.Paulo.

Não existe enochato. Existe chato, e ponto.

Ouço às vezes pessoas se queixando de outras que seriam os "enochatos". Acho ruim esta designação, porque ela em geral supõe que uma pessoa que aprecia intensamente vinhos, estuda os vinhos, procura identificar suas características e qualidades, seria um chato. Seria o mesmo que dizer que alguém que ama cinema, que procura saber tudo sobre esta arte, que assiste a filmes atento a cada detalhe de iluminação, ritmo, atuação, que recorda cenas e falas inteiras, seria um chato, um "cinechato"!Absurdo.

O que faz uma pessoa chata não é ser fanática por vinhos ou cinema. O que faz uma pessoa chata é que ela é... chata por natureza! Não é capaz de medir as palavras e as ações, ou de adequá-las ao ambiente, às pessoas, ao momento que tem à sua volta. Não é capaz de respeitar outros interesses, não é capaz de perceber, e respeitar, o outro.Muita gente sente, sim, cheiro de estrebaria ou de piche ou de violeta ou de banana num vinho. Aromas produzidos por moléculas que, queiram ou não os céticos, estão ali, sim existem fisicamente. Se uns sentem mais, outros menos, não é defeito nem de uns, nem de outros. Mas eles existem, talvez detectados erradamente às vezes, mas não sempre.

Como reconhecer o chato, com ou sem copo na mão. Será mesmo que alguém é chato por sentir sabores balsâmicos num vinho, ou travo de taninos? Absolutamente não. E se ele estiver entre enófilos, numa degustação, e trocar estas impressões com outras pessoas igualmente interessadas no assunto, será um chato inconveniente? Mais uma vez, lógico que não.

Mas ele será certamente um chato se: Quiser monopolizar a conversa à mesa, numa refeição de família em que muitos estão tomando refrigerante, outros estão tomando vinho sem compromisso, outros são alcoólatras tentando se reabilitar e querem evitar o assunto, mas todos terão que ouvir por horas a descrição detalhada de cada gole dado pelo chato.

Durante uma festa, em que há interesses e conversas variadas, obrigar todo mundo a meter o nariz na taça dele para confirmar como realmente tudo o que ele está dizendo é verdade. No meio do jogo, quando o Robinho está prestes a fazer um gol de letra em sua reestreia pelo Santos, postar-se diante da TV para anunciar, como se fosse a cura do câncer, que ele descobriu um novo aroma que só se desenvolveu no copo agora, meia hora depois de aberta a garrafa. E por aí vai.

Mas veja bem: supondo que este mesmo chato seja proibido de falar de vinho; você acha que ele deixaria de ser inconveniente? Duvido.

Ele deve ter algum outro assunto que ache interessante, nem que sejam as novas e excitantes promoções no escritório em que trabalha. E você acha que ele vai deixar alguém almoçar em paz, beber em paz, assistir ao futebol em paz, sem contar detalhes de como aquela assistente enganou aquele chefe (na cama, certamente) para conseguir um cargo que nem merecia etc. etc.??Vejo que frequentemente, ao se referir a um amante do vinho como enochato, muita gente está se referindo ao fato dele dominar certa área do conhecimento (os vinhos) mais do que as outras pessoas, e que isso provoca desconforto. Como resultado, incentiva-se uma generalização perigosa: a ideia de que o conhecimento, a expertise, o aprofundamento em um tema seriam coisas de chato.Em outras palavras, dissemina-se a cultura da ignorância: as pessoas não devem conhecer muito. Basta achar um vinho gostoso, um filme divertido, e chega. Nada de pensar, analisar, discutir.Vamos com calma.

O elogio da ignorância sim é uma chatice. E perigosa.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SELO FISCAL FICA PARA 2011.

Uma Instrução Normativa da Receita Federal publicada ontem no Diário Oficial da União prorrogou para 1º de janeiro de 2011 a implantação do Selo de Controle Fiscal para os produtores nacionais e importadores de vinho. Antes da mudança, a data limite para que a bebida pudesse sair das vinícolas, engarrafadoras e importadoras sem o selo era 31 de outubro.
A medida atende a um pedido das principais entidades representativas do setor vitivinícola brasileiro.
“Pedimos a ampliação do prazo porque a Receita estava com dificuldades de entrega do selo e porque as empresas teriam de mexer em seus estoques de vinhos para o final do ano, abrindo caixas e mais caixas para o selamento. Assim, não atrapalhamos o período de maior comercialização de vinho e espumante no país, que é o final do ano, e começamos vida nova a partir de 2011″, explica Júlio Fante, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
O selo fiscal para vinhos e derivados foi instituído pela Receita por meio de Instrução Normativa publicada em 16 de abril. Inicialmente, o registro especial para obtenção do selo deveria ser solicitado até 31 de agosto. Agora, o prazo foi estendido até o último dia útil de outubro (30). Os selos a serem utilizados nos vinhos importados serão da cor vermelha combinada com marrom; os dos vinhos brasileiros, verdes com marrom.
Também mudou, de 1º de julho de 2011 para 1º de janeiro de 2012, o prazo para atacadistas e varejistas comercializarem vinhos com o selo.
“O objetivo do selo é aumentar o controle no comércio de vinhos, beneficiando quem trabalha dentro das obrigações legais e de mercado”, diz o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani.




FONTE: Mauricio Roloff

sábado, 14 de agosto de 2010

STEVEN SPURRIER DE OLHO NO BRASIL.

Especialista em descobrir talentos no Novo Mundo, o crítico britânico Steven Spurrier está de olho no Brasil. Conhecido por ter conduzido, em 1976, o julgamento de Paris (degustação às cegas que confrontou rótulos franceses e norte-americanos e projetou os vinhos da Califórnia), ele afirmou em sua coluna na revista Decanter, edição de agosto, que “as vinícolas do sul do Brasil estão cheias de agradáveis surpresas”.



Sua boa impressão foi forjada na visita que fez ao estande verde e amarelo da 30ª London International Wine Fair, realizada em junho deste ano.


A menção ao país fica por aí, mas quem esteve na feira garante que Spurrier destacou a boa fruta em produtos pouco alcoólicos, a forma como os brasileiros acompanham bem a comida e a regularidade na qualidade dos nossos vinhos.

ENOTURISMO - LUGARES NO MUNDO PARA CONHECER.

Assim como é notório o crescimento de vinícolas ao redor do mundo, os "turistas do vinho" também acumulam centenas de seguidores, forçando a melhoria de serviços e de variedade gastronômica durante os eventos de degustação. O site da Fobers publicou uma lista com o top 10 de destinos internacionais de vinhos para se visitar. A pesquisa teve o acompanhamento de George Taber, autor de In search of Bacchus: wanderings in the wonderful world of wine tourism.

Confira abaixo o ranking:

1 - Castello Banfi, Toscana, Itália: a vinícola de Banfi teve início com John Mariani, um importador americano. Considerado um dos mais bonitos na Toscana, o lugar se orgulha de seu lindo castelo com dois grandes restaurantes, uma sala de degustação de vinhos e um tour pela adega.

2 - Montes, Vale do Colchagua, Chile: A Viña Montes é dos mais conhecidos produtores chilenos e, segunto Taber explica, a única vinícola do mundo, que ele tem conhecimento, onde os vinhos são envelhecidos com cânticos gregorianos sendo entoados ao fundo.

3 - Ken Forrester, Stellenbosch, África do Sul: Stellenbosch é considerada uma das áreas de vinho mais bonitas do mundo, com um clima mediterrâneo. O produtor Ken Forrester realizou diversas viagens até o vale do Loire, na França, antes de aplicar a sua especialidade na terra natal, na África do Sul.

4 - Fournier, Mendoza, Argentina: "A vinícola está a poucas milhas dos Andes, então é possível observar os topos das montanhas cobertos de neve ao longo do ano", destacou Taber. O lugar tem um estilo moderno, quase como uma nave espacial que aterrissou no meio do deserto.

5 - Leeuwin Estate, Margaret River, Austrália: "É como uma pequena bolsa que consegue fazer vinhos excelentes", descreveu Taber. "É uma área maravilhosa com florestas, pouco povoada e um ótimo serviço".

6 - Felton Road, Central Otago, Nova Zelândia: Relativamente nova neste universo, a Central Otago é a região de vinhos mais sulista do planeta. Algumas áreas, como o Gibbston Valley, são esteticamente mais agradáveis do que outras, mas os degustadores podem aproveitar as estrelas da pinot noit da região, como o Carrick, Mt. Difficulty, Akarua e Felton Road.

7 - Bodegas Ysios, Rioja, Espanha: A área ficou famosa com o passar dos anos devido à arquitetura que lembra as obras do canadense Frank Gehry. "Projetada por Santiago Calatrava, a Bodegas Ysio traz as montanhas logo atrás e também produz ótimos vinhhos", explica Taber.

8 - Quinta do Portal, Douro, Portugal: Para chegar até esta vinícola, faça uma viagem de carro. Se planeja provar mais do que uma taça de vinho, é melhor pensar em passar a noite. "O hotel para os hóspedes possui vistas lindas", indica Taber.

9 - Château Lynch-Bages, Bordeaux, França: Bordeaux é conhecida por produzir alguns dos melhores vinhos do mundo. Mas a região não é famosa por belas vistas ou experiências amigáveis com turistas. A Lynch-Bages é uma exceção, com um hotel, restaurantes e shopping.

10 - Peter Jakob Kuhn Oestrich, Mosela, Alemanha: Considerado um dos lugares mais românticos do mundo, a vinícola se encontra numa área de castelos sobre as montanhas e vizinhança cordial. "Os vinhos agora são os melhores e mais consistentes de todos os que eles já fizeram", complementa Taber.

MICHAEL BROADBENT, COLUNISTA DA DECANTER

Os desafios mais recentes da indústria de vinhos são os grandes empresários e a falta de conhecimento do consumidor. Quem afirma é Michael Broadbent, colunista da Decanter, em entrevista comemorativa de sua 400ª publicação.

"O que eu sinto é que os consumidores nunca tiveram tantas opções, mas também nunca estiveram tão confusos", declarou. "O mundo todo tem produzido um bom padrão de vinhos, e eles (consumidores) precisam de alguma orientação".

Broadbent, que escreve sobre vinhos há mais de 50 anos, disse ainda que percebeu inúmeras mudanças na indústria ao longo dos anos, mas não concorda com os rumos que têm sido tomados.

"Parece que os grandes empresários estão tomando conta e eu não gosto do modo como as coisas caminham", afirmou. A primeira coluna de Broadbent foi publicada na Decanter em fevereiro de 1977, intitulada Michael Broadbent's Tasting Notes. A edição de número 400 está prevista para setembro, com um retrospecto de sua carreira na indústria.

UMA PEQUENA FESTA.


Inicio da noite de domingo. Após dois dias de aulas chegamos ao momento comemorativo de encerramento do 1º curso de degustadores oficial da FISAR, uma pequena festa.

Um curso diferente desde sua organização e local.
A proposta sugerida pela FISAR era realizar um curso para os apaixonados do vinho e profissionais da área com os quais pudéssemos desenvolver as técnicas de degustação e aprimorar os conhecimentos do mundo vitivinicola. Não seria apenas uma degustação dirigida de algumas poucas horas, mas um encontro no qual pudessemos realmente fazer com que o participantes reconhecessem nos sentidos aquilo que lhes proporciona prazer no vinho (e inclusive reconhecer os defeitos da bebida).

Nossa primeira tarefa foi definir o local onde seria realizado o encontro. E aí contamos com o empreendedorismo de Normélio Ravanello. Proprietário de uma jovem e belíssima vinícola em Gramado, Normélio não mediu esforços para que nosso projeto tomasse forma. Acelerou a finalização de suas obras e criou um dos mais belos espaços de encontro, aula e degustação de nossa região. A primeira etapa de nosso projeto estava definida, precisaríamos agora apresentar o curso as pessoas e convidá-las a participar do curso. Esta foi a tarefa mais fácil, pois o primeiro anuncio do curso fez correr um comentário boca-a-boca que nos obrigou a uma decisão difícil – deveríamos limitar o número de participantes ao máximo de 30 pessoas. Em pouco tempo estavam definidos os participantes do curso e enquanto aguardávamos a data iríamos resolvendo outros detalhes do encontro.


Para aprontar uma degustação de algumas horas é necessária uma organização grande, imagine prever um encontro de dois dias na qual precisaríamos mais de 150 taças de degustação ISO, água, coffe break, material didático (apostilas, livros, fichas de avaliação dos vinhos, data show), certificados diretos da Itália, 50 garrafas de vinhos espumantes, brancos e tintos, preparação do jantar de encerramento, etc. Mas acabamos desenvolvendo uma boa experiência nos wine dinners realizados mensalmente no San Tao e conseguimos materializar com tranquilidade a segunda parte do nosso sonho.

Local definido, estrutura montada e grupo formado, chegamos ao início das aulas.
A didática de Roberto Rabachino, experiente professor universitário, chamou a atenção dos participantes. Mesmo que sua apresentação seja proferida em italiano (o que traz um charme as aulas), ele se faz compreender como todo grande mestre. Mas sempre acompanhado das traduções simultâneas por parte do instrutor técnico e enólogo Jefferson Sancineto Nunes, podemos dizer que tivemos dois grandes professores.

A primeira etapa deste percurso didático era apresentar a técnica de degustação, as sensações proporcionadas pelo vinho e o reconhecimento de que cada participante ali presente era capaz de avaliar tecnicamente um vinho, como qualquer profissional o faz. A segnda parte da nossa teoria foi referente à explicação do processo de produção dos espumantes e por fim a explicação da ficha de avaliação de espumantes.

Terminada a teoria do primeiro dia, iniciamos com a degustação de espumantes e como todos encontros promovido pela FISAR, o serviço dos vinhos é realizado por sommeliers formados (conceitualmente, para FISAR, o bom serviço do vinho faz parte da dinâmica de aprendizado).
Surgiram então as primeiras descobertas. Alunos opinando sobre as características dos vinhos, definindo padrões de qualidade como se já conhecessem o assunto há muito tempo. Todos que já passaram por essa experiência em aprender a reconhecer as cores, aromas e gostos do vinho e entender os seus significados sabem que é um momento único, de realização e prazer.

Encerramos esse nosso primeiro dia pontualmente as 19:30h, mas já anciosos para as descobertas do dia seguinte.
Com a turma pronta para as atividades do segundo dia, iniciamos com um giro pelo mundo vitivinicola. De maneira pontual foram apresentadas as principais características dos paises vitivinicolas, com uma especial ênfase a Franca e Itália, os dois principais produtores de vinhos de qualidade no mundo.
Após essa viagem pelo mundo, pudemos visitar a cantina Ravanello, guiada pelo nosso anfitrião, e verificamos o grau de dedicação e investimento que foi empregado. O mesmo maquinário encontrado nos grandes Chateau franceses ou nas Cantinas italianas estão sendo utilizados aqui. O caminho na busca do vinho de qualidade foi visto em loco.
Após a visita, tivemos uma aula técnica com o enólogo Jefferson que apresentou o processo de produção de vinhos. Os cuidados da planta, na colheita e processos diversos de produção forma detalhadamente apresentados permitindo que entendêssemos o significado e o resultado daquilo que encontramos na taça. Por que os aromas tem determinadas características? a cor representa o que? Como reconhecer na pratica as características do terroir ? foram as pistas apresentadas para iniciarmos nossa seção de degustação do segundo dia.
Iniciamos com vinhos brancos – sauvignon blanc, gewurztraminer, podemos comparar 3 chardonnays com características distintas – vinhos rosés e por fim os vinhos tintos. Aqui foi apresentado a realidade do vinho nacional, vinhos de qualidade e excelente estrutura capazes de responder por si ao antigo preconceito de que vinho brasileiro não é bom. Rabachino, um reconhecido divulgador da qualidade do vinho brasileiro pelo mundo, foi o primeiro a reconhecer a merlot como a grande cepa nacional, isso já fazem 5 anos.

Terminada a aula, todos felizes e satisfeitos puderam um a um cumprimentar o “maestro” - como passou a ser chamado no transcorrer das aulas - durante a entrega dos certificados e por fim iniciamos nosso jantar de encerramento organizado pela equipe do restaurante San Tao. Chegamos novamente neste momento – nossa pequena festa.
Um abraço a todos e ate um próximo curso.